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VESICA PISCIS= A forma arquetípica universal



O Símbolo Vesica Piscis tem como base a intersecção de dois círculos com a mesma medida de diâmetro, que se intersecionam de forma a que o centro de cada circulo se encontre sobre a linha da circunferência do outro.Este desenho geométrico, também apelidado de mandorla, pode ser encontrado em diversas obras artísticas da antiguidade, sendo uma das mais conhecida de todas o trabalho que ornamenta a cobertura do Poço Sagrado de Glastonbury, nos Jardins do Chalice Well, em Inglaterra.Trata-se de um símbolo que pode ser considerado como um arquétipo de todas as formas de existência do Mundo Imanente – Mundo Criado, sendo um desenho simbólico composto por um ovóide vertical, com dois vértices em suas extremidades, lembrando o desenho esquemático de um peixe e também de uma bolsa de ar que os peixes têm no abdómen e destinada a facilitar a flutuação, de onde deriva o seu nome latim Vesica (vesícula) Piscis (peixe).A Vesica Piscis é o símbolo que constitui a base da Geometria Sagrada e de inúmeros outros símbolos, tratando-se assim de um desenho representativo da manifestação do próprio Universo; uma forma que resulta da intersecção de dois círculos perfeitos.Os princípios da Geometria que se encontra na base desta forma, e das formas que a Vesica Piscis é capaz de produzir, foram registados numa série de teoremas criados pelo matemático grego Euclides, por volta de 300 aC. Um dos primeiros princípios refere-se ao processo de dividir uma linha recta em duas partes iguais. Assim, partindo de uma linha AB, desenha-se dois círculos de igual diâmetro, um círculo em cada ponta da linha, de modo que eles se sobreponham. O desenho de uma linha vertical entre os pontos C e D vai dividir em duas partes a linha AB, em duas partes de comprimentos iguais.A área resultante da sobreposição dos dois círculos é conhecida como a Vesica, contendo em si, e de forma implícita, outras expressões geométricas constantes. Por exemplo, o ponto ABC forma sempre um ângulo de 60º, o ponto BCA um ângulo de 90º e o ponto CAB um de 30º. Como tal, prolongando as rectas resultantes da união dos pontos AB, e unindo os resultantes na base, ficamos perante um triangulo equilátero.A área resultante da sobreposição dos dois círculos é conhecida como a Vesica, contendo em si, e de forma implícita, outras expressões geométricas constantes. Por exemplo, o ponto ABC forma sempre um ângulo de 60º, o ponto BCA um ângulo de 90º e o ponto CAB um de 30º. Como tal, prolongando as rectas resultantes da união dos pontos AB, e unindo os resultantes na base, ficamos perante um triangulo equilátero.
Desta forma, e com base numa simples construção geométrica, os nossos antepassados eram capazes de produzir, com considerável precisão, as três formas geométricas mais usadas em construção: o círculo, o quadrado e o triângulo equilátero, os últimos dois derivados da forma básica, o círculo.O conhecimento do potencial prático da Vesica Piscis foi de considerável utilidade para os construtores dos tempos antigos, pois permitia que dispositivos para a medição de ângulos de 30, 60 e 90 graus fossem desenvolvidos no local, evitando ter de os transportar de um lado para o outro. De igual modo, muitas dos projectos para a construção de igrejas e monumentos importantes tiveram a sua origem nos princípios geométricos do Vesica Piscis.


O Simbolismo
A Vesica Piscis tem sido assunto de muitos estudos místicos, através dos diversos períodos da Historia, sendo visto como um símbolo relevante pela Maçonaria e por algumas formas da Kabbalah.
Na arte Cristã, algumas Aurelas apresentam a forma vertical do Vesica Piscis, sendo que esta é muitas vezes utilizada para emoldurar os selos das organizações eclesiásticas, substituindo o tradicional círculo.No seio da tradição do Chalice Well, a Vesica Piscis que ornamenta a cobertura do Poço Sagrado representa a comunhão, a partilha de visão, a compreensão mútua entre dois iguais e a união do Universo Celeste ao Universo Terreno.
Conta a lenda que foi em Glastonbury que José de Arimateia enterrou o Santo Graal, a taça por onde Jesus Cristo bebeu na Última Ceia e que, ao fazê-lo, brotou no local, uma Fonte sagrada. As águas dessa fonte têm cor verme, alusiva ao sangue de Cristo, sendo que são vistas por muitos com essência de vida, uma dádiva da Mãe Terra e um símbolo da Vida Eterna. As suas propriedades curativas são bem conhecidas, o que leva a que muitos se desloquem ao local em peregrinação, para desfrutar desta bênção da Natureza.
E por isso, na tampa do Poço Sagrado, encontra-se representada a Vesica Piscis, cujo raio matemático do áxis é a Raiz de Três, que simboliza a União Trina:
. Três Mundos da Criação: O Submundo, o Além e, onde estes se interceptam, o Mundo de Superfície, onde a vida habita, o mundo material a que chamamos Terra.
A Santa Trindade: O Pai no Céu, a Virgem Mãe na Terra, e, da união de ambos, o Filho que veio ao Mundo para estabelecer a Aliança Sagrada entre a O Pai do Céu e os Homens da Terra.
A Trindade da Energia Feminina: A Donzela/Amante, a Mãe que dá vida e a Anciã/Mãe Negra e fonte de Sabedoria.
A Vesica Piscis é, assim, um símbolo sagrado e ancião, usado tanto por Pagãos como por Cristãos, encontrando-se também associado à Geometria Sagrada, à Energia Universal, à União da Dualidade e à Cura.




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